Após quatro dias de vigília em frente à Praça dos Três Poderes conseguimos duas reuniões
- RAÍZES PRODUTORA DIGITAL
- 8 de nov. de 2024
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Conseguir uma agenda com essa supermulher, a primeira-dama Janja, não é tão simples assim. Todavia, estava decidida que não sairia sem uma resposta. Então eu a tive... feito! Na sexta-feira (25/10) chovia na Praça dos Três Poderes e eu estava lá com a bandeira que levantei e quero cravá- lá.
Muito bem, objetivo atingido. A princípio, fui encaminhada para a Secretaria da Pessoa com Deficiência para uma reunião com os responsáveis pela pasta, enquanto a secretária estava em viagem, Ana e Hisak.
Disse dos projetos que gostaria de alinhar a nível federal, pois o projeto que temos para proteger a mulher deficiente da violência que cresce a níveis assustadores e que precisa ser contida através de leis que nos proteja. NÃO SOMOS INVISÍVEIS!
Aconteceu que Brasília e essas instituições estavam de recesso, pois na segunda-feira (28/10) seria feriado do servidor. Também tive problemas devido ao atraso na produção do material gráfico, a bandeira simbolo do projeto da AMDF-PR com a qual eu pretendia chamar a atenção da primeira-dama, pois sabemos chegar perto dela não é simples assim.
Mas o que nos difere é que eu tinha algo realmente contundente, um projeto para ela incluir no seu: a proteção à mulher deficiente contra a violência de todas as formas.
Depois disso Brasília se apagou e tinha o sábado nublado, típico dia de bruxa já se desenhando. Eu estava lá com minha bandeira, querendo CRAVÁ- LA. E as horas passaram e o tempo acalmou, o vento forçando ao extremo meus braços para segurá-la.
Após algumas horas, desmontei meu "material de trabalho" e segui para o hotel onde me hospedei por 8 dias. No domingo, o dia se assemelhava ao anterior, cheio de nuvens pesadas, escuras. Prometia chuva, mas assim que a manhã veio vindo as nuvens foram saindo e deram lugar a um céu azul.
O sol raiou num calor de mais de 30C e o bafo do asfalto secando dava a impressão de estar cozinhando, literalmente. Eu estava lá com a minha "bandeira" e a guarda que guarda o Palácio também, e toda segurança das guaritas e cancelas também, bem como, visitantes, turistas, trabalhadores, todos atrás de um mesmo objetivo em comum, uma foto do que lhes valesse. Avaliavam, encantavam-se com os monumentos, com as formas e significados dos “pratos” ou “bacias” ou “conchas” que formam a estrutura do Congresso Nacional em Brasília.
Retornei todos os dias, não tinha mais como voltar atrás. Mas a tarefa árdua ainda viria: precisava de uma agenda com a primeira-dama. Busquei, no Palácio do Planalto, a Secretaria Geral de Relações Institucionais, onde fui informada pelo Coordenador Geral de Informações de que não seria recebida, devido à toda a burocracia que envolve a presidência da república.
Visivelmente abalada, cansada, fui convidada por estes srs. Antônio à minha direita, o Diretor de Relações Institucionais do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência a ter com eles e fui. Adentramos nas bases do Planalto e seguimos para o Anexo. Nesse momento eu teria que tirar um coelho da cartola, pois estava super nervosa, tinha 2 minutos para estar pronta com as falas na ponta da língua - e estavam!
Ao final, disse-me o sr. Antônio que eu o convidasse pra vir a Maringá e conhecer nossa realidade. Então, já gostaria que ele palestrasse para uma plateia de pessoas especiais, vítimas de uma sociedade deficiente. Que ele leia nosso projeto e venha com as falas semelhantes à nossa, para que possamos falar a mesma linguagem em relação à violência contra mulheres especiais.
Volto em três meses, pois tenho que retornar ao Sarah. Já avisei aos meus interlocutores que não vou deixar o assunto esfriar, pois vou fazendo pressão até retornar à Brasília, mandando os projetos, cartas.
Antônio prometeu anexar nosso projeto em defesa das mulheres deficientes no projeto dela, Janja. Disse-me que Lula liberou 6 milhões de reais para criar secretarias em defesa das mulheres e podemos levar uma para Maringá . E me pediu que o convidemos para conhecer a AMDF em Maringá-PR e perguntou repetidas vezes se aceitamos a parceria para trabalharmos #Juntos. Missão cumprida!

























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